Zé Barbeiro: -Se entraste da porta p'ra dentro é porque já está, ou não é assim?
Zé-Troca--Tintas: Eu n'um vim cá p'ra discutir, vou fazer com'ó Presidente da República, só quero um bocado de treta enquanto me corta o cabelo.
Zé-Barbeiro: -Pois, pois, música de ano novo p'ró ano inteiro. Olha tenho estado aqui sem fregueses p'ra barba ou cabelo...
Zé-Troca-Tintas: -Ora, o dinheiro é pouco e ainda por cima a gente vem aqui... fica sem o cabelo ou a barba e ainda temos que pagar, n'um é?
Zé Barbeiro: -Lá por isso podes levar os cabelos cortados que sempre vais com o bolso mais pesado.
Zé-Troca-Tintas:-Ora porra, tá-me a dar música? Já ontem o presidente da república veio com toda aquela treta, numa música que já conheço de cor. Olhe, veja aqui no jornal:" Portugal é maior do que a crise que vivemos", e não é que ele tem razão? Ah! e também diz aqui no jornal: "Daí a insistência com que tenho sublinhado a importância da repartição equitativa dos sacrifícios exigidos aos portugueses, do combate às desigualdades, do apoio aos mais carenciados e desprotegidos... e do aprofundamento da concertação social".
Ó sr Zé, isto num é dar música à gente? A'tão ele estava a ver a desgraça dos governos do Sócrates e dos socialistas e não os mandou p'ra rua!!! Se ele percebe tanto da coisa devia ter deitado abaixo o governo na altura e não o fez, deixou que Portugal se afundasse sempre e cada vez mais. Conversas, conversas...
Zé Barbeiro: - Olha aqui não se discute essas coisas da política e religião, é só cabelo ou barba, mas fazes-me lembrar o tempo em que ele foi muitos anos primeiro-ministro... que tudo isso que ele fala o devia ter feito nessa altura. Também eu estou contigo, é só conversa.
Já está pronto, está cortado o cabelo... o preço continua o mesmo 1 euro... sem aumento do IVA nem taxa moderadora...
Zé-Troca-Tintas:- N'um pago.Olhe dinheiro eu n'um tenho, o governo do "passinhos" meteu-me a mão no bolso... tenha paciência siga o conselho do presidente da república, é a repartição equitativa dos sacrifícios....
Zé Barbeiro: - Ah! malandro... malandros... são todos!!!
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